A Polícia Civil prendeu, em Nova Iguaçu, uma mulher de 30 anos suspeita de tentar matar, perseguir e manter em cárcere privado a ex-companheira, uma estudante de enfermagem. A prisão aconteceu na praça de alimentação de um shopping da cidade, após os agentes marcarem um encontro com a suspeita usando um perfil em rede social. A equipe já monitorava os passos dela.
A vítima procurou a polícia após conseguir fugir. Ela relatou que viveu em união estável com a agressora por dois anos e que o relacionamento havia terminado há cerca de um mês — o que a suspeita não aceitava. Desde então, segundo o depoimento, a estudante passou a ser seguida e impedida de circular sozinha entre casa, trabalho e faculdade.
O caso se agravou quando a agressora teria forçado a vítima a voltar para a residência, usando violência física. Lá, a jovem disse ter sido trancada. No dia seguinte, após uma discussão, a suspeita teria jogado álcool sobre ela e ateado fogo. Mesmo com queimaduras, a vítima contou que foi inicialmente proibida de receber atendimento médico. Após alta no hospital, afirmou ter sofrido novas agressões.
A estudante conseguiu escapar ao aproveitar um momento de distração da ex-companheira. Ela buscou ajuda em um bar, de onde ligou para a polícia e pediu socorro a um familiar. O depoimento também aponta que a perseguição continuou mesmo após a fuga, e que a suspeita chegou a ir até a casa da mãe da vítima. A agressora ainda é investigada por furtar e danificar o celular da ex-parceira.
A mulher presa responderá por tentativa de feminicídio, cárcere privado, perseguição e furto. Nenhuma arma foi encontrada no carro dela no momento da abordagem. Ela não resistiu à prisão e foi encaminhada ao sistema prisional.
Fonte: BandNews FM Rio
