A Divisão Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) enviou uma carta ao secretário de Segurança do Estado do Rio, Victor Santos, na terça-feira (3), lamentando a morte de quatro policiais durante a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte.
Na mensagem, o representante da DEA, James M. Sparks, expressou admiração pelo trabalho das forças de segurança e se colocou à disposição do secretário para oferecer apoio. “É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever. Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”, diz um trecho da carta do Governo Trump.
O Consulado-Geral dos EUA no Brasil também comentou a carta em uma nota divulgada na quarta-feira (5), destacando a “tradição de cooperação em temas de segurança pública” entre os dois países.
Os policiais falecidos foram sepultados na semana passada. Eles são: Marcus Vinícius Cardoso, 51 anos, conhecido como Máskara, lotado na 53ª DP (Mesquita); Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; e Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, também 3º sargento do Bope.
A megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro ocorreu no dia 28 de outubro e resultou na morte de 121 pessoas, sendo 117 suspeitos e quatro policiais. No fim da noite de domingo (3), o Governo do Estado divulgou o perfil oficial de 115 mortos, revelando que mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado.
