RUA DO SENADO É ELEITA “A MAIS COOL DO MUNDO” PELA TIME OUT

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A tradicional Rua do Senado, no Centro do Rio, conquistou o título de “rua mais cool do mundo” pela conceituada revista britânica Time Out, que destaca anualmente os lugares mais vibrantes e criativos do planeta. Para entender o encanto que levou o endereço ao topo do ranking, o RJ1 percorreu a região, localizada ao lado da Lapa e carregada de mais de 200 anos de história.

Nos fins de semana, a via se transforma em um grande corredor cultural: sem carros, com música ao vivo, dança, gastronomia e uma diversidade que toma conta dos prédios históricos. Roda de samba, eventos ao ar livre e um clima de celebração fazem da rua um ponto de encontro democrático e efervescente.

Entre os destaques, estão os antiquários que funcionam como um verdadeiro “museu vivo”. No Espaço 51, por exemplo, é possível encontrar móveis e luminárias dos anos 50 e 60. “A gente garimpa muita coisa de design nacional e internacional”, explica o restaurador Leonardo Galvão, que participa da feira montada na via aos fins de semana.

A Rua do Senado também abriga iniciativas de empreendedorismo preto e criação autoral, como o Ateliê Bonifácio, que oferece roupas, penteados afro, obras de arte e peças de design. “Estamos aqui há nove anos, sempre de portas abertas, e receber esse título é muito gratificante”, afirma a gerente Luciana Rocha.

O movimento chamou atenção de visitantes de várias partes do mundo — portugueses, franceses, ingleses e brasileiros de outros estados se misturam ao público carioca. “Adoro ver a rua aberta, todo mundo usando o espaço”, comenta a portuguesa Marta Per.

No número 48 fica o Solar dos Abacaxis, instituição que completa dez anos dedicados à arte e à educação. O espaço promove exposições, intervenções urbanas e abre agora uma sala de leitura permanente. “Inauguramos uma mostra com mais de 30 artistas, inclusive obras expostas na própria rua”, explica o fundador Adriano Carneiro de Mendonça.

Outro ponto de destaque é o Armazém Senado, reduto de grandes nomes do samba, como Rubem Confete, que celebrou seus 89 anos no local. “Começamos aqui quando ainda era armazém com sacos de milho. Hoje a rua inteira se tornou o palco dessa juventude que celebra a cultura”, lembra o compositor.

A escolha da Time Out apenas confirma o que os frequentadores já sabiam: a Rua do Senado é um microcosmo do Rio — diversa, espontânea, histórica e pulsante. “É a rua mais legal do mundo porque é contemporânea, atemporal e muito viva”, define o produtor cultural Gyander Matias. “E pela nossa negritude e nossa cultura, que só temos aqui”, completa a trancista Amanda Roberta.

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